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Responsabilidade Afetiva

Olá jovens espíritas! Vamos falar sobre responsabilidade? Mas não é qualquer responsabilidade, hoje o nosso papo é sobre a responsabilidade que temos com os nossos afetos. Será que somos responsáveis pelos nossos afetos? A resposta é siiiiiim! Se você despertou o sentimento de alguém conscientemente, então você é sim responsável por esse vínculo.

Isso quer dizer que esse sentimento despertado em alguém merece respeito e cuidado. Não somos responsáveis pela felicidade daqueles que desenvolvem afeto por nós, porque isso não está nas nossas mãos, já que a felicidade é uma conquista pessoal e íntima da criatura humana. Mas se não somos encarregados da construção da felicidade alheia, também não se pode ser o condutor da infelicidade daqueles que tem carinho e amor por nós.

Na adolescência é muito comum a formação de grupos de amizades, pessoas com quem temos afinidades e nos identificamos com os gostos semelhantes. É nessa fase que se inicia uma intensa troca de impressões entre os jovens. No círculo de amigos mais íntimos dividem-se segredos, medos, anseios e a cumplicidade torna-se companheira do dia a dia. Os amigos são aqueles que conhecem os sentimentos mais íntimos e se torna extremamente responsáveis por toda a confiança depositada.

Na amizade, a responsabilidade afetiva tem seu importante papel de resguardar na confidencialidade as confissões ouvidas ou a intimidade dividida. Deve-se proteger a privacidade das pessoas que compartilhou qualquer tipo de confissão, não espalhando as revelações a quem quer que seja, mesmo que haja desentendimentos na amizade.

Nem sempre teremos os mais perfeitos amigos. E sobre esse ponto, André Luiz, em Sinal Verde, descreve que “em qualquer dificuldade com as relações afetivas é preciso lembrar que toda criatura humana é um ser inteligente em transformação incessante, e, por vezes, a mudança das pessoas que amamos não se verifica na direção das nossas próprias escolhas”.

Na fase juvenil iniciam-se os primeiros “contatinhos” e “paquerinhas”. E nos envolvimentos amorosos há que se ter em conta que jamais se deve brincar com os sentimentos do próximo. Cada um receberá de retorno tudo o que der aos outros, na lei de ação e reação.

É preciso cuidado nos relacionamentos afetivos entre casais, respeitando limites, aceitando que o outro não é perfeito, mas principalmente cultivando sentimento verdadeiro. Nunca é demais frisar que a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória, ou seja, se plantarmos ventos, colheremos tempestade. Segundo André Luiz, em Sinal Verde, “toda pessoa que lesa outra, nos compromissos do coração, está fatalmente lesando a si própria”.

Vamos ouvir o que a psicóloga Ana Paula Brum falou a esse respeito:

Ter responsabilidade afetiva é falar suas reais intenções, sabendo que quando se planta uma semente que não tem vontade de regar, você falta com respeito, empatia e responsabilidade. Nós temos que nos responsabilizar pelos atos que temos quando entramos na vida de outras pessoas, precisamos ser responsáveis com os sentimentos dos outros. Ainda mais se lembrarmos que a lesão causada em alguém pode gerar inúmeros problemas reencarnatórios. Você não transgride a lei de amor se não tiver sentimento recíproco por alguém, mas tem culpa se plantou sementes em corações que nunca teve intenção de cultivar.

Nesse sentido, Emmanuel, em Vida e Sexo, nos adverte que “indiscutivelmente, os débitos que abraçamos são anotados na contabilidade da vida; todavia, antes que a vida os registre por fora, grava em nós mesmos, em toda a extensão, o montante e os característicos de nossas faltas”.

No Evangelho Segundo o Espiritismo, destaca Kardec, “amar o próximo como a si mesmo: fazer para os outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós” é a mais completa expressão da caridade, porque resume todos os deveres para com o próximo. O exercício do amor ao próximo promoverá a destruição do egoísmo; e compreenderemos que  a verdadeira fraternidade irá reinar com a paz e a justiça; não haverá mais nem ódios nem divisões, mas união, concórdia e benevolência mútua.

Vamos conversar mais sobre esse tema na nossa próxima live de sábado às 18h no YouTube com nosso podcast! A live será no canal do Cefak no YouTube! Aguardamos você no Podlá!

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