Olá juventude espírita!!! Hoje vamos conversar sobre a vida, melhor dizendo, o valor da vida. Quanto vale uma vida? Quanto vale a sua vida? E a vida dos outros, qual é o valor dela? A Constituição Federal, de 1988, prevê o direito a vida quando dispõe em seu art. 5º:
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes o País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:”
No cenário jurídico nossa vida está resguarda. Se pensarmos como espíritos eternos, a chance que estamos tendo de reencarnarmos no período de transição planetária é uma grande oportunidade de crescimento e evolução espiritual.
Como nem tudo são flores, nossa caminhada terrena vem repleta de desafios. E cabe a cada um de nós administrar os empecilhos, vencer as batalhas e superar as nossas más inclinações. Nem sempre é fácil. E na juventude parece que é tudo muito intenso. Na adolescência, temos a impressão que temos que correr atrás de tudo ao mesmo tempo… E com essa corrida vem as primeiras frustrações, decepções, angústias, incertezas e as primeiras tristezas profundas na alma. E uma das consequências mais imediatas desses sentimentos é a depressão.
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS) a depressão é a segunda causa de morte entre jovens na faixa etária entre 15 e 29 anos, com casos recorrentes de suicídio e automutilação. O número dos que sofrem de transtornos como depressão e ansiedade também é considerável: 15% da população nesta faixa etária são acometidos pela doença. A depressão atinge cerca de 12 milhões de pessoas no Brasil. E cada vez mais os jovens e adolescentes entram nas estatísticas, causando inquietação entre pediatras, pais e educadores.(1) Com a depressão vem a busca por sanar a dor e o vazio na alma por meio do suicídio. Não só pela depressão, mas por tantos outros vazios que o espírito encarnado enfrenta, que em algum momento a fé em dias melhores cede ao desespero de querer acabar com a dor que o aflige, acreditando que a morte cessa a aflição.
O suicídio está entre as três principais causas de morte em indivíduos com idade entre 15 e 29 anos no mundo. O Brasil é um país com taxas crescentes, apesar da escassez de indicadores epidemiológicos, corresponde a mais de 5% das mortes por causas externas (2).
Precisamos conversar mais sobre esse tema para prevenir nossos espíritos quanto a ilusão de que com a cessão da morte física a dor íntima irá desaparecer. A FEB descreve muito bem essa ideia quando define que “o suicídio é triste ilusão porque somos seres imortais, e a vida continua, plena, além da morte do corpo físico”. Kardec, no Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. V, item 14, afirma que “a calma e a resignação adquiridas na maneira de considerar a vida terrestre e a confiança no futuro dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio”.
É premente a busca de ajuda quando os pensamentos de encerrar com a vida começa a fazer parte dos nossos pensamentos. O CVV – Centro de Valorização da Vida – realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias. Se não quiser ligar procure uma pessoa que você confie plenamente e abra seu coração, seja seu pai, sua mãe, irmão, professor, amigo, enfim uma pessoa que possa te ouvir. No CEFAK, temos um trabalho presencial de triagem, que está suspenso em razão da Pandemia a COVID 19, para serve para o início de tratamento espiritual que, concomitante com os trabalhos de médicos, terapeutas e psicólogos, pode te ajudar superar esses momentos de dor e de angústia.
Não podemos esquecer de que não há erro sem perdão de Deus, há sempre uma forma do espírito se redimir do erro cometido.
Se cercear a própria vida é um erro, o que pensar de tirar a vida de outrem? Essa é uma pergunta muito fácil de ser respondida, não é verdade? Se até nos 10 mandamentos, Moisés, no Monte Sinai, recebeu o quinto mandamento como sendo “não matareis”.
E o espírita que conhece a realidade da vida espiritual, bem como a programação da reencarnação, deve ser o primeiro a defender a vida, em sua plenitude. Alguns alegam que o bebê em formação no ventre de sua mãe não tem o direito à vida, podendo-se dispor de sua vida.
Ainda bem que a doutrina espírita nos esclarece muito a respeito do aborto, sobre as consequências do espírito abortado e sobre os espíritos envolvidos no aborto. Na questão 357, do Livro dos Espíritos, a resposta dos espíritos sobre as consequências que tem para o espírito o aborto nos faz refletir: “É uma existência nulificada e que ele terá de recomeçar”, ou seja, tira-se a oportunidade daquele espírito de crescer espiritual e moralmente em uma nova encarnação.
Por se tratar de um tema bastante complexo, deixamos claro que a doutrina espírita permitiria o aborto em um único caso, como detalhando na questão 359, do Livro dos Espíritos, em que os espíritos esclarecem que quando o nascimento da criança puser em perigo a vida da mãe, é preferível que se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe.
Diante de tantas atrocidades que estamos vivendo na transição planetária, crimes bárbaros e cruéis, vira e mexe alguém discursa a favor da pena de morte. E o espiritismo o que nos esclarece sobre essa punição? Seria justo cessar a vida de um criminoso cruel? Temos o direito de sermos o julgadores dos nossos irmãos ainda em falta grave?
Vamos conversar mais sobre esse tema na nossa próxima live de sábado às 18h no YouTube com nosso podcast! A live será no canal do Cefak no YouTube! Aguardamos você no Podlá!
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Referências
(1) https://www.abc.go.gov.br/noticias/todas-as-coisas-reprisa-o-bate-papo-sobre-depressao-na-adolescencia.html
(2) https://bvsms.saude.gov.br/setembro-amarelo-e-dia-mundial-de-prevencao-ao-suicidio-10-9/
